quinta-feira, 2 de outubro de 2008

.: O mundo ou eu: um de nós segue à contramão :.

Pensando bem... somos ambos! Ando à contramão do mundo, que anda à contramão de mim. E as coisas vêm, assim, acima do limite de velocidade, em sentido contrário, em direção nem um pouco defensiva.

Defendo-me como posso, procuro um lugar no acostamento, mas não há, nesta pista, lugar em que se esteja seguro. Ligo o pisca, uso o cinto, respeito os limites (principalmente os meus), mas assim pareço um alienígena na via pública deste orbe sem lei. Os carros vêm e batem em mim. E motos, bicicletas, pedestres, caminhões, ônibus, naves espaciais, sapos-boi, cobras e lagartos... toda sorte de coisa que se mova e que possa provocar desordem no trânsito e alguma ojeriza, que não há como não enjoar nesta viagem.

O cinto de segurança amarra, o airbag sufoca e o pára-choque dá choque. Mas, mesmo assim, sigo à contramão do mundo, que ele está à contramão de tudo que valorizo. E dou carona a quem quiser e merecer, pois, cá dentro do meu carro, a vida ainda é bela e a rádio toca canções de amor.

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