quinta-feira, 12 de julho de 2007

.: Veja se você se lembra do que estou falando :.

Foi-se o tempo das amizades de infância, firmado pela eternidade, onde apenas pelo olhar se estabelecia uma comunicação, em que as confidências seguiam ao túmulo.Não sei devido ao quê exatamente, mas tenho meus palpites. Acredito que esse excesso de informação desse mundo globalizado em que precisamos nos superar a todo o momento, nos falta tempo para o diálogo sincero, o ombro amigo, abraço forte, as risadas descompromissadas.A vida diária nos afasta das pessoas de tal maneira que quando percebemos não há mais assunto e apenas um "oi" começa e encerra a conversa. Fazemos até algumas amizades que agora tem nomenclatura específica: amizade de balada, amizade de trabalho, amizade de faculdade, amizade colorida, não se vê mais amizade de vida.Mandamos e-mails generalizados para não esquecer de ninguém, criamos vínculos digitais para não perdemos a solidão.Se um amigo diz ao outro que o ama, pode ser mal interpretado, por isso, prefere calar-se.Os valores vão se perdendo diante de tanta violência, desconfiança, oportunismo e nos tornarmos cada vez mais seres solitários.Precisamos rever nossas vidas, abrir o coração, procurar os velhos amigos, criar novos, sendo confiáveis, desavergonhados do amor, aceitar as pessoas como elas são e respeitar as crenças, os limites, os ideais. Tenho certeza que assim seremos mais felizes.

.: Lain Casa :.

… e naquela casa, era a casa dela. E nada, depois que a vi pela primeira vez e ninguém que eu conheci depois conseguiu me deixar tão assustado e confuso. Porque ninguém que conheci me fez sentir tão certo… tão inseguro… tão importante e tão insignificante...

.: Pensando bem eu penso em nós :.

...eu tava aqui tentando não pensar no teu sorriso, mas me peguei sonhando com sua voz ao pé do ouvido, e te liguei, me encontro tão ferido, mas te vejo ai também em carne viva...
...será que não tem jeito?
...esse amor ainda nem nasceu direito pra morrer assim...

segunda-feira, 5 de fevereiro de 2007

.:Meus Desertos:.

Meus desertos tem flores
Eu não mentiria se afirmasse
Que as melhores flores
Que trago em mim
Estão nos meus desertos
Pois é neles que moram
Minhas verdades
E neles que estão expostas
As minhas mentiras.

Nos meus desertos
Estão as coisas que sou.
Mas nem todos tem olhos
Para ver e entender
As flores dos desertos
Apenas enxergam as flores catalogadas
Sentem apenas o aroma
Para os quais foram programados.

Como podem dizer da beleza
Aqueles que adoram padrões ?
Como podem ver a vida
Os que só conseguem ver
Coisas e fatos para os quais
Tiveram suas visões adestradas ?

Meus desertos tem flores
E me parece natural que vivendo
Entre humanos
Elas tenham espinhos.
Flores não são para todos
Só para aqueles que sabem
Que também tem seus desertos.

By Sir Ale Max

.:Só queria falar isso:.

quanto mais nos conhecemos, mais vemos que o que realmente fomos não significa nada, pois a cada descoberta se evidencia não só a angustia do não saber e do não viver mas também a ansia de querer ser aquilo que esta descobrindo o que é....
Quando começamos a medir e pesar nossos sentimentos, não vamos a lugar nenhum. Haverá sempre uma luta cerrada entre o coração que quer viver e a razão que mede conseqüências. Medindo dificuldades, não fazemos nada.

falei

.:Solidão:.

Solidão não é a falta de gente para conversar, namorar, passear ou fazer sexo...
Isto é carência.
Solidão não é o sentimento que experimentamos pela ausência de entes queridos que não podem mais voltar...
Isto é saudade.
Solidão não é o retiro voluntário que a gente se impõe, às vezes, para realinhar os pensamentos...
Isto é equilíbrio.
Solidão não é o claustro involuntário que o destino nos impõe compulsoriamente para que revejamos a nossa vida...
Isto é um princípio da natureza.
Solidão não é o vazio de gente ao nosso lado...
Isto é circunstância.
Solidão é muito mais do que isto.
Solidão é quando nos perdemos de nós mesmos e procuramos em vão pela nossa alma...

.:Meus Amigos:.

Meus amigos são todos assim: metade loucura, outra metade santidade.
Escolho-os não pela pele, mas pela pupila, que tem que ter brilho questionador e tonalidade inquietante. Fico com aqueles que fazem de mim louco e santo. Deles não quero resposta, quero meu avesso. Que me tragam dúvidas e angústias e agüentem o que há de pior em mim. Para isso, só sendo louco. Louco que senta e espera a chegada da lua cheia. Quero-os santos, para que não duvidem das diferenças e peçam perdão pelas injustiças. Escolho meus amigos pela cara lavada e pela alma exposta. Não quero só o ombro ou o colo, quero também sua maior alegria. Amigo que não ri junto, não sabe sofrer junto. Meus amigos são todos assim: metade bobeira, metade seriedade. Não quero risos previsíveis, nem choros piedosos. Pena, não tenho nem de mim mesmo, e risada, só ofereço ao acaso. Quero amigos sérios, daqueles que fazem da realidade sua fonte de aprendizagem, mas lutam para que a fantasia não desapareça.